COMPAIXÃO É O "ESPÍRITO EM MISSÃO"! Atos 8.26-40
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· 61 viewsO Espírito em Missão leva a igreja de Jesus a dar prioridade no coração aos que carecem de salvação.
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Grande ideia: O Espírito em Missão leva a igreja de Jesus a dar prioridade no coração aos que carecem de salvação.
Estrutura: O Espírito em missão leva Felipe ao eunuco (vv. 26-33) e o Espirito em missão leva Felipe aos outros lugares (vv. 34-40).
David Allen Bledsoe:
As igrejas existem porque a missão divina existe, e não o contrário.29 Não há dúvida de que o contexto das igrejas variam, mas não a missão delas. Isso também significa que uma igreja não cria nem escolhe sua missão. Deus, de acordo com sua sabedoria e seus propósitos eternos, já determinou a missão da igreja, não importa se ela foi recém-plantada ou está estabelecida há muitas décadas.
A igreja flui dessa missão, a qual também proporciona a resposta à questão: “Por que a igreja existe?”. Em resumo, a igreja existe porque Deus em sua graça e amor redime pessoas de todas as nações para que o conheçam, o glorifiquem e sejam abençoadas, tanto aqui na terra quanto eternamente.
Atos dos Apóstolos 1.8 (NAA)
8Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.
Quando houve grande perseguição em Jerusalém Filipe (o diácono) foi para Samaria e ali proclamou o evangelho. Foi levado pelo Espírito Santo à estrada de Gaza para falar com o etíope e depois viajou para Azoto e Cesaréia. Era comprometido pessoalmente com o evangelismo. É um exemplo.
Atos dos Apóstolos 6.5 (NAA)
5O parecer agradou a todos. Então elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Atos dos Apóstolos 8.1 (NAA)
1E Saulo consentia na morte de Estêvão.
Saulo persegue a igreja
Naquele dia, teve início uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e da Samaria.
Atos dos Apóstolos 8.5 (NAA)
5Filipe foi à cidade de Samaria e anunciava Cristo ao povo dali.
Atos dos Apóstolos 8.26 (NAA)
Filipe e o eunuco
26Um anjo do Senhor disse a Filipe:
— Levante-se e vá para o Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto.
Espirito em missão: Felipe vai até o eunuco. (vv. 26-33)
(a) O nosso compromisso com missões é resultado da obediência à voz do Senhor.
Vivemos numa crise de obediência. Hoje as pessoas estão transgredindo tudo a que deveriam obedecer.
A obediência, portanto, é uma atitude do coração, da alma e da mente em direção a uma autoridade maior, superior, no nosso caso, o nosso Deus.
A obediência é a expressão visível, externa, do nosso amor a Deus. (Henry Blackaby)
Se você tem um problema com a obediência, na verdade você tem um problema em relação ao amor. Concentre sua atenção no amor.
(b) O nosso compromisso com a evangelização é resultado de sensibilidade espiritual.
Filipe viu não apenas com os olhos físicos, mas sobretudo com os seus olhos espirituais. O Espírito disse, mas Filipe teve a sensibilidade de ouvir. A grande questão aqui não está no mérito indiscutível de Deus falar. O Espírito falou. A questão nobre e destacável foi o fato de Filipe ter entendido que era Deus quem lhe dirigia o comando.
Tem de se ter sensibilidade para “ajuntar-se com o Senhor no que Ele está fazendo no mundo”. O compromisso pessoal com a obra missionária e evangelística se desenvolve e se firma quando há sensibilidade espiritual em nós. Ai iremos nos achegar às pessoas.
Atos dos Apóstolos 27.21–26 (NAA)
21Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse:
— Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. 22Mas agora aconselho que tenham coragem, porque nenhuma vida se perderá, mas somente o navio. 23Porque, esta mesma noite, um anjo do Deus a quem pertenço e a quem sirvo, esteve comigo, 24dizendo: “Paulo, não tenha medo! É preciso que você compareça diante de César, e eis que Deus, por sua graça, lhe deu todos os que navegam com você.” 25Portanto, senhores, tenham coragem! Pois eu confio em Deus que tudo vai acontecer conforme me foi dito. 26Porém é necessário que sejamos arrastados para alguma ilha.
(c) Quem era o eunuco:
Kevin Bradford:
A Etiópia, região do sul do Egito e norte do Sudão (também conhecida como “Núbia”, “Cuxe”, ou “Reino Meroítico”), ficava a quase 2.000 quilômetros de distância. Nas lendas mediterrâneas, às vezes, era considerado o fim do mundo (Keener).
https://www.palmares.gov.br/?p=53832#:~:text=A%20civiliza%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%BAbia%20surgiu%20por,cheias%20e%20garantir%20boas%20colheitas.
A civilização núbia surgiu por volta de 4.000 a.c, em meio ao escaldante Deserto do Saara e, assim como o Egito, é uma ‘‘dádiva do Nilo’’, bem como do trabalho de construção de diques e canais de irrigação destes povos para evitar inundações durante as cheias e garantir boas colheitas.
Por séculos, as riquezas do Reino de Kush foram levadas para o Egito: ébano, marfim, incenso, gado, ouro, escravizados. O ouro de Kush enriqueceu o Egito.
Isaías 56.3–5 (NAA)
3 O estrangeiro que tiver se unido
ao Senhor não deve dizer:
“O Senhor certamente
me excluirá do seu povo.”
E um eunuco não deve dizer:
“Eis que eu sou uma árvore seca.”
4 Porque assim diz o Senhor:
“Aos eunucos que guardam
os meus sábados,
escolhem aquilo que me agrada
e abraçam a minha aliança,
5 darei no meu templo
e dentro das minhas muralhas
um memorial e um nome melhor
do que filhos e filhas;
darei a cada um deles um nome eterno,
que nunca se apagará.Quantas vezes ficamos numa atitude contemplativa e outras vezes murmuramos diante de circunstâncias sociais, políticas e econômicas desfavoráveis e esquecemos que temos que agir hoje e agora.
(d) Vemos o exemplo de Dwight L. Moody:
Ele era um vendedor de sapatos com pouca instrução que sentiu o chamado de Deus para pregar o evangelho. Certa manhã, ele e alguns amigos se reuniram num campo, para um culto de oração, confissão e consagração. Nessa ocasião, Henry Varley afirmou: “O mundo ainda há de ver o que Deus pode fazer com, por e através de um homem que for inteiramente consagrado a ele”.
Moody foi tocado por estas palavras. Mais tarde, enquanto ouvia as palavras do grande pregador Charles H. Spurgeon, Moody pensou:
“O mundo ainda há de ver! Com, por e através de um homem!” Varley referia-se a qualquer pessoa! Varley não disse que era necessário ser instruído nem brilhante nem outra coisa mais! Apenas uma pessoa! Bem, pelo Espírito Santo, eu serei uma dessas pessoas. Então, de repente, do alto dessa galeria, vi algo de que não me tinha dado conta antes: não é o Sr. Spurgeon, afinal de contas, quem está realizando aquela obra: é Deus. E se Deus pode utilizar o Sr. Spurgeon, pode também utilizar a todos nós e, por isso, devemos apenas prostrar-nos aos pés do Mestre e dizer: “Envia-me! Usa-me!”.
2. Espírito em missão: Felipe vai a outros lugares. (vv. 34-40)
(a) O nosso compromisso com missões é resultado de um preparo para a Obra. Fazer a obra sem preparo é querer acertar na fatalidade.
Desejar fazer, querer fazer, buscar fazer sem preparo é como ter apetite e não saber comer. O texto ensina que Filipe era preparado para a tarefa e por isso não hesitou em seu compromisso de obediência.
(b) Vivemos hoje um clima de pobreza hermenêutica.
Filipe era um evangelista preparado. Soube interpretar Isaias 53 como sendo uma profecia sobre Jesus e seu sacrifício vicário e expiatório na cruz do Calvário.
(c) Temos de tomar cuidado com os exageros: anti-intelictualismo e o super-intelectualismo.
Isaltino Gomes Coelho Filho:
É preciso saber as necessidades das pessoas. Para que isso aconteça com você, não leia apenas livros. Leia gente. Muitos pregadores lêem livros pesados e sisudos, mas não lêem pessoas. Acostume-se a ler pessoas. Elas têm histórias interessantes e a leitura delas sinaliza muito do que devemos pregar. Como se lê pessoas? Visitando-as, ouvindo-as, prestando atenção nelas.
(d) As pessoas precisam ser levadas a Jesus e não ao evangelista.
Ele precisa ensinar a verdade central do plano de Deus para a salvação do homem: crer que Jesus é o Filho de Deus.
João 20.30–31 (NAA)
O objetivo deste Evangelho
30Na verdade, Jesus fez diante dos seus discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. 31Estes, porém, foram registrados para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.
(e) A fé tem de ser ensinada em um contexto de renúncias.
Alguns buscam a Cristo apenas com uma fé intelectual. Um assentimento, uma anuência, uma aprovação sobre as coisas de Deus. É admitir que Deus é bom, que Deus existe..., mas sem ter nenhum compromisso de entrega subjetiva e objetiva a Jesus.
(f) Tem de haver alegria em seguir um novo caminho. Cristianismo é alegria em Jesus!
Antônio Carlos Costa:
Não entendo a tristeza evangélica. Não entendo como podemos encontrar ímpios mais alegres do que os crentes. Porque cristianismo é isso, é o chamamento de Deus para participarmos da sua festa.
5. Outras aplicações:
(a) Quando o Espírito Santo lhe chamar, não fique assentado. Filipe, “se levantou e foi”: A obra de Deus tem pressa!
Jonas 1.1–2 (NAA)
O chamado de Jonas, a sua fuga e o seu castigo
1 1A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2— Levante-se, vá à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença.
Jonas 3.1–3 (NAA)
Jonas prega em Nínive
3 1A palavra do Senhor veio a Jonas pela segunda vez, dizendo:
2— Levante-se, vá à grande cidade de Nínive e pregue contra ela a mensagem que eu lhe darei.
3Jonas se levantou e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito importante diante de Deus; eram necessários três dias para percorrê-la.
Timothy Keller:
Jonas, portanto, tinha problemas com a missão que recebera. Contudo, tinha um problema maior ainda com aquele que lhe dera a missão. E como não conseguia enxergar uma boa razão para a ordem que recebera de Deus, Jonas concluiu que não poderia haver nenhuma. Ele duvidou da bondade, da sabedoria e da justiça de Deus.
A história de Jonas, com todas as suas reviravoltas, nos fala de como Deus conduz Jonas, às vezes pela mão, outras vezes pela nuca, para mostrar-lhe essas coisas.
Jonas foge e foge. Mas, apesar de ele usar várias estratégias, o Senhor está sempre um passo à frente. Deus também varia suas estratégias, e continuamente nos estende misericórdia de várias maneiras, mesmo que não entendamos nem mereçamos isso.
(b) Há muitos por ai lendo a Bíblia, mas não entendendo absolutamente nada. Como Felipe, seja um evangelista dedicado. Viva a compaixão!
João 5:39-40
39 - Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;
40 - E não quereis vir a mim para terdes vida.
Provérbios 11:30
30 - O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.
Ilust.
John Harper: Evangelista
Deixe-me lhe contar uma história maravilhosa sobre uma pessoa com a qual você gostaria de parecer. E, por favor, seja paciente com alguns dos detalhes. Não consigo contar histórias de outra forma.
John Harper nasceu num lar cristão em Glasgow, Escócia, em 1872. Quando tinha aproximadamente quatorze anos, tornou-se ele mesmo um cristão, e dali em diante, começou a falar aos outros sobre Cristo. Aos dezessete anos, começou a pregar, ir às ruas do seu vilarejo e derramar sua alma enquanto suplicava com paixão que os homens se reconciliassem com Deus.
Após cinco ou seis anos de labor nas esquinas das ruas pregando o evangelho, e trabalho na usina durante o dia, Harper foi recebido pelo Reverendo E. A. Carter da Missão Batista Pioneira em Londres. Isso deixou Harper livre para devotar seu tempo e energia integral à obra que o seu coração amava tanto – o evangelismo. Um pouco depois, em setembro de 1896, Harper iniciou sua própria igreja. Essa igreja, que começou com apenas 25 membros, passou a mais de 500 membros quando ele saiu de lá, uns treze anos mais tarde. Durante esse tempo ele casou-se e ficou viúvo. Antes de perder sua esposa, Deus abençoou Harper com uma beleza menininha chamada Nana.
A vida de Harper foi agitada. Ele quase morreu afogado várias vezes. Quando tinha dois anos e meio de idade, caiu num povo, mas foi resgatado e reanimado por sua mãe. Aos vinte e seis, foi arrastado mar adentro por um vento reverso e quase não sobreviveu. E aos trinta e dois anos viu de frente a morte no Mar Mediterrâneo, quando estava num barco com o casco rachado. Na verdade, esses “contatos” com a morte parecem ter apenas confirmado John Harper em seu zelo pelo evangelismo, algo que o marcou pelo resto dos dias de sua vida.
Enquanto pastoreando sua igreja em Londres, Harper continuou seu evangelismo fervoroso e fiel. De fato, ele era um evangelista tão zeloso que a Moody Church em Chicago pediu que ele viesse até a América para uma série de encontros. Ele o fez, e muito bem. Uns poucos anos depois, a Moody Church perguntou se ele não queria ir novamente. E foi assim que certo dia, Harper
adentrou num navio com um ticket de segunda classe em Southampton, Inglaterra, para uma viagem até a América.
A esposa de Harper tinha morrido uns poucos anos antes, e Harper tinha com ele sua única filha, Nana, de seis anos. O que aconteceu após isso sabemos principalmente por duas fontes. Uma é Nana, que morreu em 1986 aos oitenta anos. Ela lembrava-se de ter sido acordada pelo pai umas poucas noites na jornada deles. Era por volta de meia-noite, e ele disse que o navio onde eles estavam tinha batido num iceberg. Harper disse a Nana que outro navio estava para chegar, a fim de resgatá-los, mas, como precaução, ele a colocaria num barco salva-vidas juntamente com uma prima mais velha, que os acompanhava. Quanto a Harper, ele aguardaria até o outro navio chegar.
O restante da história é uma tragédia bem conhecida. A pequena Nana e sua prima foram salvas. Mas o navio onde tinham estado era o Titanic. O único motivo de sabermos o que aconteceu com John Harper depois é que, numa reunião de oração em Hamilton, Ontário (Canadá), alguns meses depois, um jovem escocês caiu em lágrimas e contou a história extraordinária de como ele foi convertido. Ele explicou que estava no Titanic na noite em que o mesmo atingiu o iceberg. Ele tinha se apegado a um pedaço de mastro que estava flutuando nas águas congelantes. “Subitamente”, disse, “uma onda trouxe até mim um homem, John Harper. Ele também estava agarrado a um pedaço dos destroços. Ele bradou: “Homem, você é salvo?” “Não, eu não sou”, respondi.
Ele gritou de volta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.
As ondas afastaram Harper de mim, mas um pouco depois, ele foi trazido de volta e ficou ao meu lado de novo. “Você está salvo agora?”, ele exclamou. “Não”, respondi. “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo”.
Então, perdendo o seu destroço, Harper afundou. E ali, sozinho na escuridão da noite com 50 metros de água abaixo de mim, confiei em Cristo como meu Salvador. Eu sou o último convertido de John Harper.2
The Gospel & Personal Evangelism , Mark Dever, p. 13-15.